quinta-feira, 21 de maio de 2009

Jogos Africanos em sala de aula

Em acordo com as Leis nº. 10.639/03 e 11.645/08, publico esta postagem com orientaçõe sobre como aplicar jogos africanos em sala de aula, que podem ser utilizados num projeto de ensino-aprendizagem de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Em minha experiência profissional, apresentei os jogos à 8ª série nas aulas de Ensino Religioso mas, como os jogos são muito instigantes, podem ser aplicados em todos os ciclos da Educação Básica, nas disciplinas correspondentes às leis citadas.

Através dos marcadores africanidades e jogos africanos, tem-se acesso às publicações dos diversos jogos de origem africana postados neste blog.

Esses jogos, oriundos de uma cultura aparentemente desconhecida pelos educandos, tornam-a interessante por incitar ao raciocínio. As informações sobre história, origem e regras destes jogos já alcançam o objetivo de apresentar aos alunos algo da cultura africana. Porém, neste projeto pôde-se ir além: ao final dos trabalhos, os educandos desenvolvem outros conhecimentos, como a geografia da África, seus diversos países, bandeiras e até mesmo sobre a arte e a fauna específicas do continente africano. A seguir, serão fornecidas informações sobre como foi possível conseguir estes resultados:


1ª fase: apresentação dos jogos aos educandos
Esta primeira etapa é o momento em que se deve despertar a curiosidade dos educandos para os jogos. São apresentados os textos que explanam sobre as semânticas culturais dos jogos, o mapa da África e a localização dos países em que são populares.
Aqui é muito importante ter em mãos cada um dos jogos prontos, e simular partidas em que as regras são explicadas rapidamente, deixando uma lacuna que a curiosidades dos alunos se preocupará em preencher.

2ª fase: distribuição da turma em grupos de acordo com os jogos escolhidos e material
Neste momento, os educandos são convidados a confeccionar seus próprios jogos. De acordo com cada realidade das unidades escolares, a turma é dividida em grupos que escolherão um dos jogos para serem produzidos de forma artesanal.
Com relação ao material a ser utilizado, não há limites nem restrições. Na África, as crianças que não têm o tabuleiro resolvem o problema desenhando-o na areia, assim como as crianças brasileiras utilizam meias ou garrafas de plástico como bola e chinelos ou pedras como gol. Dessa forma, qualquer material que permita a produção dos tabuleiros e das peças pode ser utilizado.
Em minhas experiências, o tabuleiro foi confeccionado com cartolina, caneta esferográfica ou hidrocor, lápis de cor e régua. As peças ficaram a critério da imaginação de cada grupo de alunos: botões de roupa, tampinhas de garrafa, papelão...

3ª fase: decoração do jogo
Necessariamente, foi solicitado aos grupos que seu trabalho contivesse: nome do jogo, tabuleiro e identificação dos educandos, turma e professor. Porém, a decoração foi feita de forma autônoma pelos alunos, devidamente orientados.
Ficou a cargo do educador fornecer informações acerca da cultura, arte e geografia africanas. Foram disponibilizados Atlas geográficos, imagens sobre África e, de forma mais saliente, materiais sobre máscaras – uma das principais expressões culturais africanas. As atividades foram realizadas durante as aulas de História e de Ensino Religioso, mas com este material pode-se chegar a trabalhos relacionados às disciplinas de Geografia e de Artes.
O resultado de todo este trabalho foram jogos que vão muito além de uma divertida partida. Foram confeccionados tabuleiros decorados com bandeiras, mapas, informações geográficas, imagens sobre o tema e – o que mais chamou a atenção dos educandos – reproduções de máscaras africanas.

4ª fase: finalização dos trabalhos e conhecimento das regras para se jogar
Neste momento, resta apenas aos educandos conseguirem as peças. Como todo jogo de estratégias, só se aprende jogando. Com o tabuleiro pronto, a cartolina repleta de cultura africana e as peças disponibilizadas, chega-se à etapa mais esperada: jogar.
O educador então orienta cada grupo acerca dos movimentos e regras do jogo. Nesta etapa, percebeu-se um grande envolvimento por parte dos educandos, talvez por dois motivos: a diversão que todo jogo proporciona e, principalmente, o fato de estarem utilizando um jogo que é o resultado de seu próprio trabalho.

Acredito que nunca uma lei foi cumprida de forma tão divertida!

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3 comentários:

Érika Vecci disse...

Olá!!! Sou a Érika , lá do Maria Cristina! obrigada pelo comentário que fez referente ao meu álbum do Picasa!!!!Estou tentando aprender a lidar com "Blog"... passa lá no meu:erikavecci.blogspot.com; você já está na minha lista de Blogs.
Abraço!

Anônimo disse...

Oi meu nome é Allison Gabriel sou estudante de ED. FÍSICA, tenho um trabalho para apresentar na faculdade sobre jogos africanos... Será q vc poderia me passar alguns jogos ???
Agradeço desde já ...
bilekid_muigatono@hotmail.com

Anônimo disse...

foi legal essa leitura muito boa e compreenciva