quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Sexualidade e prevenção de risco na escola

Informações baseadas nas vídeo-aulas do Prof. Li Li Min (Unicamp), para o curso de Especialização "Ética, valores e cidadania na escola" (EVC - USP/Univesp).

De acordo com as informações fornecidas pela Profª Marici Brás (Unicamp), a abordagem da sexualidade encontra dificuldades nos preconceitos, tabus e no pudor que envolvem o tema. Entretanto, a Educação sexual é importante, por exemplo, na prevenção de DSTs e gravidez e abortos em adolescentes.
Para tanto, deve-se considerar que a sexualidade existe desde o nascimento, e no desenvolvimento do indivíduo as diferentes zonas corporais proporcionam gratificações de prazer em etapas: a fase oral, a fase anal, a fase fálica ou genital infantil, a fase de latência e fase genital adulta.
A adolescência é um período de luto pela perda do corpo, figura dos pais e identidade relacionados à infância. Durante seu início, ocorrem as transformações físicas e fisiológicas, a imagem corporal torna-se questão central e são redefinidos os modelos de relacionamento. A segunda fase define-se pelas últimas transformações físicas e assimilação harmoniosa do papel pessoal, familiar e social, além do conflito entre desejo de independência e necessidade de dependência. Em sua fase final, a consolidação da última etapa do desenvolvimento físico, a formação da identidade sexual e de adulto, as experiências de relacionamento íntimo e alcance da independência material.
Nesta faixa etária, também se iniciam as práticas sexuais: masturbação, "ficar", namorar, relações sexuais propriamente ditas, questões sobre homossexualismo e casos de relação sexual forçada.
De forma positiva ou não, a iniciação sexual é considerada um rito de passagem entre infância, adolescência e juventude; e o exercício da sexualidade se faz em um meio delimitado por preconceitos e rituais.

Assim, a Profª Marici, junto à Profª Lilia Freire Souza (Unicamp), discutem questões sobre a polêmica possibilidade de distribuição de preservativos nas escolas que, se feita de forma a respeitar a intimidade de cada estudante, recebe muitos adeptos, na mesma proporção de pessoas que discordam da ideia.
De qualquer forma, o uso de preservativos deve ser abordado na escola, utilizando a sexualidade como tema transversal, através de dinâmicas de grupo. Abrir este espaço permitirá discutir, por exemplos, uso ou não do preservativo relacionado ao afeto e à fidelidade, a dupla proteção com anticoncepcionais, a gravidez na adolescência e a responsabilidade compartilhada na relação e na prevenção sexual entre o casal.

Eduardo Carvalho
Pólo de Praia Grande

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