Informações
baseadas nas vídeo-aulas do Prof. Li Li Min e da Profª Paula Fernandes
(Unicamp), para o curso de Especialização "Ética, valores e cidadania na escola"
(EVC - USP/Univesp).
A Profª Lilia Freire de Souza (Unicamp) relaciona a violência na escola a problemas psicológicos e comportamentais na adolescência, que podem ser manifestados internamente por meio de perturbações emocionais e cognitivas, como depressão e ansiedade, e externalizados em problemas comportamentais ou de atuação, sendo o mais comum o comportamento delinquente.
Esse distúrbio de conduta é um transtorno caracterizado por um padrão de comportamento anti-social repetitivo e persistente em crianças e adolescentes. Às vezes é classificado como psicosocial ou como psicopatológico, inclui a desobediência, brigas, destrutibilidade, mentira e furto.
A agressão física na infância deve ser vista como um problema de saúde pública, pois crianças agressivas são de grande risco em se tornar adolescentes e adultos violentos. Além disso, a agressão física é precursora de problemas mentais na vítima e também no agressor (abuso de álcool e drogas, acidentes, crimes violentos, tentativas de suicídio, relações abusivas e paternidade negligente e abusiva).
Os fatores de risco para distúrbios de conduta e delinquência são individuais (características biológicas, comportamentais e cognitivas do indivíduo) e contextuais (familiares e sociais), quando não há disciplina e limites no núcleo familiar ou o indivíduo pertence famílias disfuncionais ou com doenças mentais nos pais, além dos riscos sociais que podem afetar a criança. Vários fatores de risco de forma cumulativa resultam em sofrimento físico e emocional, levando à delinquência juvenil.
Práticas parentais inadequadas e exposição repetitiva à violência são causas que promovem a violência a longo prazo, bem como o consumo de álcool e drogas e inserção em gangs são consideradas causas a curto prazo. No ambiente escolar, a violência está associada a fatores como desempenho insatisfatório, baixa auto-estima, muitas mudanças de escola, população escolar com alto uso de drogas, entre outros.
Das formas de violência escolar, atualmente o bullying é a que está sendo tratada de forma mais abrangente. Sobre este assunto, uma postagem deste blog, O fenômeno do Bullying, também escrita para o curso de Especialização "Ética, valores e cidadania na escola" (USP/Univesp), trata dos pontos principais deste comportamento.
Entretanto, é sempre importante reforçar que a identificação precoce, informação e conscientização, encaminhamento clínico ou terapêutico e programas anti-bullying, com orientação aos pais, professores e alunos sobre estratégias de lidar com o problema e medidas de controle de comportamento, podem contribuir na diminuição deste fenômeno e tornar o ambiente mais agradável, seguro e acolhedor.
Eduardo Carvalho
Pólo de Praia Grande
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