Informações baseadas nas vídeo-aulas da Profª Paula Fernandes (Unicamp), para o curso de Especialização "Ética, valores e cidadania na escola" (EVC - USP/Univesp).
Atualmente, as pessoas recebem cada vez mais estímulos oriundos de diversas fontes por todo o planeta, entrando em nossas casas, em nossa vida. Considerando que tais estímulos podem ser positivos ou negativos, atrelados à visão de mundo de cada um, torna-se tarefa ainda mais difícil orientar nossos alunos, principalmente para que tirem o melhor de suas capacidades e sejam felizes, ajudando-os a não se tornarem crianças, adolescentes ou adultos ansiosos e estressados.
Das doenças em evidência no mundo contemporâneo, o stress e a ansiedade são reações do organismo diante de situações difíceis ou excitantes. Em qualquer pessoa, durante períodos de stress e ansiedade, o equilíbrio é afetado e cada órgão passa a trabalhar em ritmo diferente dos demais. Dependendo da duração dos sintomas e da interpretação dos estímulos, há a quebra da harmonia interior e enfraquecimento do organismo, gerando outros sintomas e doenças.
Especificando, a ansiedade define-se por características biológicas e psicológicas que antecedem os momentos de perigo (real ou imaginário), marcada por sensações corporais incômodas, por exemplo, vazio no estômago, taquicardia, sudorese, medo intenso, aperto no peito, rubor, calafrios, confusão. Ansiedade nem sempre é ruim, pode servir de estímulo, mas não pode ocorrer de forma prolongada ou exagerada.
Toda criança da atualidade enfrenta várias situações de stress ainda nos primeiros anos de vida (acidentes, doenças, hospitalizações, nascimento de irmãos, mudanças de casa, de escola, além das tensões geradas pela necessidade sempre maior de autocontrole). O stress infantil pode ser causado por fatores internos, relacionados às características de personalidade, pensamentos e atitudes da criança diante das situações da vida diária. Tais fatores dependem da maneira que ela percebe a si mesma e ao mundo à sua volta. Externamente, o stress pode acontecer devido a mudanças significativas, responsabilidades e atividades em excesso. Quando a ansiedade e stress não são tratados, podem gerar outros quadros de patologias.
Diante dessa conjuntura, o professor deve estar atento, procurando conhecer e conversar com seus alunos, motivando-os e incentivando-os a fazerem perguntas, escutá-los sem fazer críticas ou julgamentos, respeitando o ritmo de cada um. Promover a autoconfiança, atividades em grupo e, quando surgir a oportunidade, atividades calmas podem colaborar na saúde da criança para que ela consiga enfrentar as mudanças que ocorrem em sua vida, com desenvolvimento mais saudável na escola, em casa, no esporte, no lazer.
Também presente entre crianças e adolescentes, a depressão é um transtorno de humor ou de afeto, com sentimento de tristeza profunda, associado a sintomas fisiológicos e cognitivos na pessoa, que demonstra humor deprimido, perda de interesse e prazer por atividades anteriormente satisfatórias, diminuição de energia, falta de ânimo.
Na escola, é possível perceber os alunos quando apresentam vários sintomas, como queda do rendimento escolar, falta de concentração, perda de interesse, falta de motivação, pensamento mais lento, impulsividade, irritabilidade, choro fácil, isolamento na sala de aula e nos intervalos, dificuldades nos processos cognitivos.
Para prevenir esses males, é necessário fortalecer as condições que garantam a busca por ajuda em todos os contextos (família, trabalho, escola, comunidade etc.).
Eduardo Carvalho
Pólo de Praia Grande
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