domingo, 30 de outubro de 2011

Diversidade / pluralidade cultural na escola

Informações baseadas na vídeo-aula ministrada pela Profª Daniele Kowalewski (USP) para o curso de Especialização em "Ética, valores e cidadania na escola" (EVC).

A partir da década de 90 do século passado, quando a democratização da educação pública tomou maior relevância, as salas de aula passaram a se configurar com grupos heterogênos e alto grau de diversidade física, cultural, étnica, sócio-econômica, entre infinitos outros tipos que se fazem impossíveis de listar neste texto. Daí a importância da diversidade no âmbito escolar e a construção dos valores para que esta seja contemplada
Fazendo um breve histórico sobre o tema, no que diz respeito às diretrizes criadas no Brasil, pode-se iniciar com a citação da Constituição de 1988 como a primeira legislação de grande relavância que leva em consideração a igualdade de direitos para todos. Em Educação, mais especificamente esta exigência surgiu com a LDB de 1996 (justificando o primeiro argumento deste texto) e mesmo com os PCNs de 1997-98 que sugerem os temas transversais, inclusive um que se define como Diversidade Cultural propriamente dita. Existe ainda as leis de 2003 e 2008 que tornam obrigatórios os estudos de História e cultura africanas e indígenas nas escolas e, mais recentemente, o Estatuto da Igualdade Racial (2010).

Entretanto, este ainda é um tema que está em fase de desenvolvimento, com inúmeras falhas, equívocos e omissões ocorrendo em toda parte, mas que se faz relevante para nossa situação contemporânea e para a construção de uma sociedade mais justa. Apesar dos pontos negativos, sabe-se que as experiência positivas crescem a cada dia em que os educadores e gestores públicos percebem que não é possível fugir desta transformação, a qual como tantas outras, causa impactos e quebras de paradigmas.
Questionamentos sobre o que fazer na escola quanto à temática da pluralidade e se os educadores conseguirão lidar com todas as diferenças (numa crescente progressão geométrica) surgem ao lado de dúvidas que refletem se é possível ensinar sobre o outro, sem torná-lo exótico e, dessa forma, como é possível educar na diferença?

Dúvidas e questionamentos crescem na mesma proporção de ações positivas por parte de escolas, ONGs, empresas e alguns setores do poder público. Faz-se necessário que, mesmo quem já terminou seus estudos, reeduque-se para a diversidade e, assim, a escola torna-se local privilegiado para que os pequenos cidadãos saibam respeitar a si mesmos e aos outros, com a consciência de que, apesar de diferentes, somos iguais em direitos.

Eduardo Carvalho
Pólo de Praia Grande

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