Esta postagem é baseada na vídeo-aula
ministrada pela Profª Carlota Boto (USP), para o curso de pós-graduação
semi-presencial "Ética, valores e cidadania na escola" (EVC). Outras informações foram acrescentadas ao debate.
Na linha do tempo de nossa vida, a escolarização pode ser considerada como uma travessia, pois o período que passamos na escola é uma transição entre a vida em família (sociabilidade primeira) e a vida em sociedade (na qual exercemos a cidadania). Por definição não tão recente, o espaço escolar deve oferecer condições para o desenvolvimento do comportamento moral (através de regras e formas de agir socialmente recomendadas, externas à opção individual), mas também para a construção de conceitos éticos (amadurecendo para um comportamento escolhido, com adesão voluntária a um conjunto de regras de ação).
Na linha do tempo de nossa vida, a escolarização pode ser considerada como uma travessia, pois o período que passamos na escola é uma transição entre a vida em família (sociabilidade primeira) e a vida em sociedade (na qual exercemos a cidadania). Por definição não tão recente, o espaço escolar deve oferecer condições para o desenvolvimento do comportamento moral (através de regras e formas de agir socialmente recomendadas, externas à opção individual), mas também para a construção de conceitos éticos (amadurecendo para um comportamento escolhido, com adesão voluntária a um conjunto de regras de ação).
Os conceitos de moral e ética muitas vezes se confundem, mas ambos têm origem comum e definem nosso comportamento, de acordo com o nível de autonomia desenvolvido. Para esclarecer esses pontos e conectá-los à vida, recorrerei ao filósofo Immanuel KANT, o qual teoriza que o ato moral é aquele que se realiza como acordo entre a vontade e as leis consideradas universais. Lembrando de que a vontade define para si mesma tais leis.
Para exprimir a incondicionalidade dos atos realizados por dever, Kant definiu três máximas morais do imperativo categórico (uma lei moral interior):
1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza: afirma a universalidade da conduta ética, isto é, aquilo que todo e qualquer ser humano racional deve fazer como se fosse uma lei inquestionável, válida para todos em todo tempo e lugar;
2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio: afirma a dignidade dos seres humanos como pessoas, negando a violência contra si mesmo e contra outros;
3. Age como se máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais: afirma que a vontade que age por dever institui um reino humano de seres dotados de autonomia; essa máxima exprime a diferença entre a Natureza e o ser humano racional
Para exprimir a incondicionalidade dos atos realizados por dever, Kant definiu três máximas morais do imperativo categórico (uma lei moral interior):
1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza: afirma a universalidade da conduta ética, isto é, aquilo que todo e qualquer ser humano racional deve fazer como se fosse uma lei inquestionável, válida para todos em todo tempo e lugar;
2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio: afirma a dignidade dos seres humanos como pessoas, negando a violência contra si mesmo e contra outros;
3. Age como se máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais: afirma que a vontade que age por dever institui um reino humano de seres dotados de autonomia; essa máxima exprime a diferença entre a Natureza e o ser humano racional
Assim, ao agir - e educar - devemos verificar se nossa ação está em conformidade com os fins aqui considerados morais, ou seja, com as máximas. Dessa forma, Kant procura explicar por que o dever e a liberdade da consciência moral são inseparáveis e compatíveis. Sua solução consiste em localizar o dever no interior da pessoa, desfazendo a impressão de que ele seria imposto por uma vontade exterior.
Ademais, essas máximas vão de encontro a outra atitude que deve ser cultivada no espaço escolar: a tolerância, conquistada através da confiança na racionalidade, na razoabilidade e no direito do outro, ou seja, o respeito e a solidariedade. A convivência escolar permite que a educação seja uma instância privilegiada para se evitar e corrigir práticas de intolerância.
Eduardo Carvalho
Pólo de Praia Grande
Referências bibliográficas:
ARANHA, Maria L. de Arruda. MARTINS, Maria H. Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. SP: Moderna, 2003.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. SP: Ática, 2001.
Referências bibliográficas:
ARANHA, Maria L. de Arruda. MARTINS, Maria H. Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. SP: Moderna, 2003.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. SP: Ática, 2001.
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