domingo, 30 de outubro de 2011

Questões de Gênero no cotidiano escolar

Informações fornecidas pela Profª Brigitte Haertel, em sua vídeo-aula para o curso de Especialização "Ética, valores e cidadania na escola" (EVC - USP/Univesp).

Dentre os temas transversais propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) do MEC, as questões de Gênero têm espaço para serem trabalhadas em Ética, Orientação Sexual e Diversidade Cultural. A escolha do tema pode ser feita levando em consideração a faixa etária dos estudantes, ou mesmo integrar todos esses temas para um estudo mais vasto, sempre com a preocupação de manter um diálogo entre as disciplinas enquanto os temas perpassam suas áreas do conhecimento.

O próximo passo é conhecer os eixos da discussão a ser feita sobre as questões de Gênero. Aqui se pode citar o construcionismo social (vertente da psicologia social que aborda a performance dos sujeitos quando estão desempenhando diferentes papéis) e a socialização de gênero, que diz respeito à aprendizagem; assim, deve-se ter a noção de que o sexo é uma determinação biológica, enquanto a sexualidade é o significado que o indivíduo atribui à essa condição definida geneticamente.
As relações de gênero são representações socialmente constituídas, e as questões de Gênero vêm justamente analisar e criticar tais relações em sociedades nas quais as diferenças entre os sexos são mais ou menos acentuadas.
Luluzinha e Bolinha, personagens criados
por Marjorie Henderson Buell (Marge).

Em nossos objetivos, deve existir a preocupação de que as pessoas podem ser diferentes quanto ao sexo ou à sexualidade, mas iguais em direitos e capacidades. Prestar atenção à práticas do cotidiano escolar que pontuam as diferenças de Gênero - principalmente as que são realizadas de forma inconsciente, como organizar uma fila separando os meninos das meninas - é essencial para a quebra de preconceitos, bem como extender esse combate ao ambiente familar e aplicar atividades que contenham tais questionamentos não só aos alunos e alunas, mas também a seus pais e mães, ou mesmo outro(a) responsável, fazendo-os refletir sobre as relações de gênero da cultura e/ou sociedade em que vivem.


Eduardo Carvalho
Pólo de Praia Grande

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