As informações aqui dispostas baseiam-se na vídeo-aula ministrada pelo Prof. Ulisses Araújo (USP), para o curso de pós-graduação semi-presencial "Ética, valores e cidadania na escola" (EVC).
A História não consiste em ordem e simetria, “sendo antes um conjunto de fatos entrecruzados, contraditórios, não-resolvidos; não um guia que a humanidade tenha dado a si mesma, mas um trágico complexo de culpa que traz consigo” (ARGAN)¹. Assim, estamos em constante revisão de nossos valores e conceitos científicos, e trazendo esta questão ao presente tema, percebe-se que atualmente buscam-se novos sentidos para a educação e a ciência: será que os avanços paradigmáticos da ciência podem ser suficientes para se construir a democracia, a justiça e o bem estar social? Os benefícios trazidos por esses avanços servem a todos?
A História não consiste em ordem e simetria, “sendo antes um conjunto de fatos entrecruzados, contraditórios, não-resolvidos; não um guia que a humanidade tenha dado a si mesma, mas um trágico complexo de culpa que traz consigo” (ARGAN)¹. Assim, estamos em constante revisão de nossos valores e conceitos científicos, e trazendo esta questão ao presente tema, percebe-se que atualmente buscam-se novos sentidos para a educação e a ciência: será que os avanços paradigmáticos da ciência podem ser suficientes para se construir a democracia, a justiça e o bem estar social? Os benefícios trazidos por esses avanços servem a todos?
Nesse sentido, lembrando-se de tratar a Educação como uma ciência, é necessário definir novamente seus objetivos. Para tanto, já é lugar comum referir-se a ela prioritariamente como espaço para a instrução, com conteúdos definidos por cada cultura ou sociedade. Entretanto, as novas necessidades sociais indicam a Educação como co-responsável pela formação ética e moral, a saber, a cidadania. Esta última função é constantemente exigida pela sociedade, mas deixada para segundo plano na prática cotidiana escolar. Mesmo assim, deve haver espaço para temas que exigem além dos conteúdos tradicionais, chamados de transversais.
Pode-se conceituar a “transversalidade na educação” por temáticas que atravessam, que perpassam os diferentes campos do conhecimento: temáticas ético-político-sociais, atreladas à melhoria da sociedade e da humanidade, tratando-se de um pressuposto epistemológico.
Os Temas Transversais são voltados para uma educação em valores, buscam dar respostas aos problemas que a sociedade reconhece como prioritários e preocupantes, conectando a escola à vida das pessoas. Ademais, estão abertos à incorporação de novos temas e problemas sociais, sempre que surgir a necessidade.
Por esse caminho, a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da Educação elencam Ética, Saúde, Meio Ambiente, Orientação Sexual, Pluralidade Cultural, Trabalho e Consumo como refência aos educadores para alguns Temas Transversais.
Buscando cumprir esses temas, escolas de todos os segmentos utilizam-se de recursos como incluir alguns deles na grade curricular e contratar profissionais especializados. Essas ações, quando realizadas, são inconscientemente contrárias ao conceito de transversalidade, o qual solicita a construção desses conhecimentos através da interdisciplinaridade entre temas e os conteúdos tradicionalmente existentes nos currículos, o que será discutido também em textos posteriores. Os próprios educadores, sempre praticando a cooperação, devem atualizar-se e diversificar as temáticas contidas em suas aulas.
Por esse caminho, a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da Educação elencam Ética, Saúde, Meio Ambiente, Orientação Sexual, Pluralidade Cultural, Trabalho e Consumo como refência aos educadores para alguns Temas Transversais.
Buscando cumprir esses temas, escolas de todos os segmentos utilizam-se de recursos como incluir alguns deles na grade curricular e contratar profissionais especializados. Essas ações, quando realizadas, são inconscientemente contrárias ao conceito de transversalidade, o qual solicita a construção desses conhecimentos através da interdisciplinaridade entre temas e os conteúdos tradicionalmente existentes nos currículos, o que será discutido também em textos posteriores. Os próprios educadores, sempre praticando a cooperação, devem atualizar-se e diversificar as temáticas contidas em suas aulas.
Eduardo Carvalho
Pólo de Praia Grande
¹ Giulio Carlo. Surrealismo. In: ______ Arte Moderna. São Paulo: Cia das Letras, 1993, p. 366.
¹ Giulio Carlo. Surrealismo. In: ______ Arte Moderna. São Paulo: Cia das Letras, 1993, p. 366.
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